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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

RAABE NA DINASTIA DO MESSIAS



RAABE, UMA MERETRIZ NA GALERIA DOS HERÓIS DA FÉ



''Conta dum estalajadeiro do tempo dos romanos:
Vinho e pão, 1 asse
Refeição quente, 2 asses
Palha para a mula, 2 asses
Uma rapariga, 8 asses"
P. S. Não há preço em separado para a cama; isso estava incluído no último item." *



Josué 2:1-21

Josué 6:22-25



A Bíblia é um livro honesto que afirma os fatos como eles são – francamente. Raabe, diz a Bíblia, era uma prostituta, uma mulher que vendia o seu corpo por dinheiro. As pessoas têm tentado encobrir este fato triste, afirmando que ela era uma estalajadeira. Talvez isto fosse verdade, mas permanece o fato de que se tratava de uma mulher de moral corrupta.

Naquela época, os estalajadeiros eram mulheres, não homens. É interessante notar que nas contas escritas dos tempos romanos, posteriores, era anotada uma certa importância para a refeição e rapariga, mas o custo da cama não era mencionado – aparentemente estava incluído no preço da moça. Ela fazia "serviço extra", oferecendo o seu corpo, e isto ficava incluído na conta.

Uma vez que Raabe estava numa posição de alojar hóspedes, era natural que os espiões de Josué fossem à sua estalagem. Jericó era uma cidade pequena, e a estalagem de Raabe era provavelmente o único lugar para passar a noite.

Teria Raabe suspeitado que estes estrangeiros – homens decentes sem motivos escondidos – eram israelitas? A Bíblia não o diz, mas mostra que, imediatamente, entrou em campo a contra espionagem. O rei ouviu que os espiões judeus estavam na cidade e pediu a sua imediata captura.

Entretanto, Raabe tomou consciência da verdadeira identidade dos seus hóspedes e tinha-os já escondido no telhado, debaixo de canas de linho. Uma vez que era tempo de colheita e a cidade murada era pequena, os habitantes das reduzidas casas das ruas estreitas, tinham de usar todo o espaço para armazenagem. Um telhado aberto era o lugar menos indicado para esconder pessoas, uma vez que, mesmo de longe, os outros podiam ver tudo o que se passava. Mas a casa de Raabe era diferente. Estava construída sobre o duplo muro da cidade e situada a nível mais alto do que qualquer outra casa, de modo que nenhuns olhos curiosos poderiam observar o que decorria lá. Os espiões estariam a salvo, mas apenas por tempo limitado.

Raabe enganou os mensageiros do rei. Enquanto eles procuravam cuidadosamente pelos campos à volta, ela falou com os espiões escondidos. Disse-lhes que tinha consciência de que Deus lhes dera a terra e de que os habitantes da sua nação estavam apavorados com eles, por causa do milagre da passagem pelo Mar Vermelho. Estava bem cônscia do que Deus fizera pelo povo. Disse-lhes ainda que os homens perderam a coragem para enfrentar os israelitas, por causa do seu Deus.

Ela provou ser uma mulher sábia que agiu à luz de informação correta. Usou discrição ao falar acerca deles e astúcia em escondê-los. Sentiu que um ato de bondade merecia outro. "Agora pois, jurai-me, peço-vos, pelo Senhor, pois que vos fiz beneficência, que vós também fareis beneficência à casa de meu pai''.

Todavia, ela expressou, naturalmente, preocupação a seu respeito, enquanto ao mesmo tempo, revelava fé no Deus de Israel. Acreditava que Ele batalhava pelo Seu povo e que ia dar-lhes esta terra. Cria também que, por causa deste poder de Deus, o seu próprio povo não tinha a menor possibilidade de manter os israelitas fora dos muros da cidade. Agiu apoiada nesta fé.

Raabe pediu um sinal de que eles a salvariam quando os seus exércitos voltassem para tomar a cidade. Os homens disseram-lhe que pusesse um cordão de fio de escarlata na janela e assim ninguém da sua família sofreria.

Alguns comentaristas da Bíblia dizem que este fio de escarlata representava a ocupação imoral de Raabe. Era a sua "luz vermelha" e, portanto, não levantaria qualquer suspeita. Ninguém iria pensar que ele constituía um sinal de espionagem. Isto pode ter sido ou não verdade, mas era certamente uma indicação clara dum acordo entre dois lados. Raabe não se demorou. Mal os homens partiram, foi pôr o cordão vermelho na janela. Queria ficar absolutamente certa de que a sua casa se distinguiria de todas as outras. Deus gosta que as pessoas – mesmo os incrédulos – levem as coisas a sério. Jesus provou isso mais tarde, quando disse aos discípulos que os filhos deste mundo são mais sábios na sua geração do que os filhos da luz. Luc. 16:8b.

Uma semana mais tarde, o milagre do Mar Vermelho repetiu-se. De novo as águas profundas se separaram. Os israelitas atravessaram a pé o rio Jordão, que nessa altura transbordava pelas margens. Alguns dias mais tarde Raabe viu uma multidão de israelitas andando à roda da cidade em procissão silenciosa. Os portões da cidade estavam fechados. Nenhum cananeu podia sair. Este estado de coisas continuou durante seis dias.

De vez em quando ela se assegurava de que o fio vermelho seria claramente visível, pois a sua vida em breve iria depender desse fato.

No sétimo dia, os israelitas caminhavam de novo em silêncio ao redor da cidade. Os rostos deles eram solenes. A tensão dos dois lados do muro tornava-se insuportável, Dentro, as pessoas olhavam o futuro com horror e medo exceto numa casa. No lar de Raabe havia esperança e fé. Ela havia feito um acordo com o povo de Deus e, portanto, com o próprio Deus.

Então, sete sacerdotes com sete buzinas de carneiros, circundaram a cidade tocando as buzinas, e o povo, sob o comando de Josué, começou a gritar. Aconteceu então o inacreditável. A terra começou a tremer. Os muros que haviam guardado a cidade durante anos, desmoronaram-se e caíram, deixando a cidade desprotegida.

O escritor de Hebreus, mais tarde, disse que a fé tinha feito cair os muros. Heb. 11:30,31. E essa mesma fé tinha feito com que uma parte do muro permanecesse de pé - a parte do muro onde estava a casa de Raabe.

Ambas as partes tinham cumprido o seu acordo. Raabe tinha feito o que prometera, e Deus recompensou a sua fé. A sua confiança na vitória do Deus de Israel era tão forte, que ela conseguiu convencer os parentes a virem e ficarem em sua casa. Todos eles foram poupados.



O retrato da vida de Raabe foi prejudicado por causa da desonrosa mancha da imoralidade. Todavia, foi avivado com o exemplo duma fé cintilante – a sua fé era suficientemente forte para levar a agir. Isto era necessário, diz Tiago, que escreve também a respeito dela (Tg. 2:25), pois se a fé não consegue agüentar o teste da aplicação, então é inútil – é morta. A fé interior só pode ser reconhecida através de atos exteriores.

Uma definição de fé é que ela consiste numa confiança fixa e profunda em Deus e na Sua Palavra. Raabe tinha este tipo de fé. Portanto, Deus pegou no seu retrato manchado, limpou-o e pendurou-o ao lado de Sara na galeria dos heróis da fé. Estas duas mulheres são as únicas figuras femininas numa longa lista de homens.

Raabe, como Sara, uma heroína da fé? Sim, pois Deus não faz acepção de pessoas. Para Ele não há casos impossíveis. Ele justifica o ímpio. Mas a história de Raabe não termina aí. A conquista de Jericó só marcou o início, pois ela havia agora encontrado Deus. A sua vida começou a florescer. Nunca mais teve saudades da sua ocupação anterior; pelo contrário, tornou-se uma esposa digna. Ela, uma mulher pagã, viveu entre o povo de Deus, casou com o israelita Salmon, e teve um filho. Se formos a avaliar a sua competência como mãe pelo seu simpático e sábio filho Boaz, marido de Rute, então ela deve ter sido realmente muito capaz, pois Rute toma-se a avó do rei David. Mat. 1:5. Raabe tornou-se uma mulher na linhagem de Jesus Cristo, o Messias, um privilégio que toda a mulher judia invejaria.

Pela fé –



Raabe, uma prostituta na galeria dos heróis da fé

(Josué 2:1-21; 6:22-25)



Perguntas:

1.     Descreva brevemente o que aprendeu acerca de Raabe.

2.     O que é que o impressiona no que toca ao seu conhecimento do Deus de Israel?

3.     Qual foi a atitude de Raabe como resultado do seu conhecin1ento de Deus? (Ler também Tiago 2:25)

4.     De acordo com Hebreus 11:31, por que é que ela não pereceu com os que foram desobedientes? Mencione várias coisas que deram prova da sua fé.

5.     Que impacto teve a sua fé sobre os parentes e sobre ela própria?

6.     O que é que considera mais importante no que aprendeu a respeito de Raabe? De que maneira vai aplicar isso na sua vida?





FONTE: LIVRO SEU NOME É MULHER




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