Youtube

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

LÍDIA A VENDEDORA DE PÚRPURA




LÍDIA, UMA COMERCIANTE QUE DEU A DEUS O PRIMEIRO LUGAR

"Não, queridos irmãos, eu ainda não sou tudo o que devia ser, mas estou a concentrar todas as minhas energias nesta única coisa: esquecendo o passado e olhando para o que está diante de mim, esforço-me por chegar ao fim da corrida e receber o prêmio..." Filip. 3:13,14, The Living Bible

Atos 16:11-15,40

O sábado tinha começado em Filipos.
Filipos era uma importante cidade da Macedônia, centro comercial entre os Mares Egeu e Adriático.
Esta localização chave constituía a ponte que ligava o Médio Oriente à Europa por meio da estrada nacional romana – a Via Ignácia.
Uma mulher asiática dirigiu-se rapidamente para fora da cidade, até a um certo lugar junto ao rio, onde ia decorrer uma reunião de oração. A mulher Lídia – da Lídia – era uma pessoa importante. Dirigia o seu próprio negócio. Importava púrpura, um tecido muito valioso que era usado unicamente pelos ricos e reis, da sua cidade de Tiatira, na Ásia Menor.
Lídia era muito respeitada. Vivia numa casa espaçosa, com muitos servos. Não admira que fosse uma comerciante bem sucedida, uma vez que o mercado lídio de púrpura tinha fama no mundo greco-romano. Os seus produtos eram avidamente procurados por toda a parte. Lídia era uma mulher inteligente, de mente lúcida, que realizava o seu trabalho com entusiasmo e determinação. A sua profissão permitia-lhe muitos contatos com pessoas interessantes. E ser uma mulher independente, especialmente naquele período histórico, constituía uma ocupação excepcionalmente interessante.
Ao contrário de muitos negociantes, ela não se deixou absorver totalmente pelo seu trabalho. A despeito das muitas obrigações que tinha, conseguia arranjar tempo para coisas de maior importância. Não estava satisfeita, como acontecia com muitos dos seus concidadãos, com a adoração de Apolo. Ela adorava o único Deus verdadeiro. Dedicava-Lhe algum tempo dentro do seu apertado horário. Lídia reconhecia que, como comerciante, precisava da direção dEle, e era por isso que se dirigia para essa reunião de oração.
Nesse dia, a reunião era muito pequena, e só para senhoras. Aparentemente, não havia dez homens judeus em Filipos, o número requerido para uma sinagoga, desse modo, as mulheres reuniam-se ao ar livre. Naquele dia visitaram a reunião alguns hóspedes inesperados – homens cultos. Paulo, o grande evangelista e apóstolo missionário, e os seus companheiros Silas, Lucas e Timóteo tinham chegado à cidade, vindos de Troas.
Inicialmente, Paulo formulara um plano diferente. Tinha desejado ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus impediu-o, através de uma visão, de noite. Ficou-lhe muito claro que era absolutamente urgente que ele fosse à Macedônia (At, 16:7-10). Por isso, ali estava ele em Filipos, dirigindo-se àquelas mulheres.
Falou-lhes acerca do Deus de Abraão que tinha enviado o Seu Filho a este mundo a fim de remir as pessoas e Se tornar a ponte de ligação através da brecha que o pecado criara entre Deus e o homem. Disse-lhes que pela fé em Jesus Cristo havia redenção, vida eterna e uma nova perspectiva para a vida (At. 3:13-16; Rom. 8:1,16,17). Lídia escutava atentamente com todo o seu coração.
Pascal disse que Deus criou um vácuo com a Sua forma no coração humano, o qual só pode ser preenchido pelo próprio Deus. Lídia estava aberta às coisas de Deus, porque o seu o Rei seu coração ansiava por esta experiência de fé mais profunda. O conhecimento de Lídia a respeito de Deus era superficial. Ela não O conhecia como Pai em Jesus Cristo. Todavia, Ele pôde atingir facilmente o seu coração, pois já estava assente sobre Ele, e ela sensível à Sua Palavra. Lídia precisava dar atenção à Sua Palavra, porque quando Deus dá um passo na direção de uma pessoa, espera depois que o indivíduo dê o passo seguinte. Deus evidencia-Se então dando o próximo passo.
A semente da Palavra caiu no seu coração como em terreno preparado (Lc. 8:15), e resultou num novo nascimento. Ela descobriu o elo que lhe faltava na sua experiência – uma fé pessoal em Jesus Cristo. Lídia tornou-se cristã. Para essa mulher enérgica isso significava que tinha de testemunhar abertamente desse fato, e sem demora. Ela queria que todos conhecessem a inefável felicidade que existia em si. Foi batizada. Através desse ato, afirmou sem palavras: "Identifico-me com a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, e vou começar uma nova vida''.
Esta nova convertida atraiu outros para Cristo como um imã. E quem seriam os primeiros a ouvir senão os da sua casa? Eles escutaram a Palavra e creram também. Confirmaram igualmente a sua fé pelo batismo – e assim nasceu a primeira igreja de Filipos.
Para Paulo, já não existia qualquer dúvida quanto ao motivo porque tinha sido dirigido para a Macedônia. As pessoas iam nascendo de novo. Eram os primeiros cristãos da Europa. Um novo continente se abria ao Evangelho – através de Lídia.
Em gerações futuras, uma multidão inumerável iria seguir o seu exemplo. Como ela, iriam receber Cristo e multiplicar-se nas gerações seguintes. O entusiasmo de Lídia por Deus produziu fruto nas vidas de outros. O número de cristãos aumentou por intermédio dela. É isto o que Deus espera de todos os cristãos. Na criação, Ele ordenou aos homens e aos animais que se multiplicassem biologicamente para encherem a terra. Eles deviam produzir fruto segundo a sua espécie (Gên. 1:24-29). Quando Jesus falou aos discípulos acerca de produzir frutos (João 15:1-16), referia-Se a pessoas que poderiam vir espiritualmente à vida por meio da semente da Sua Palavra (João 17:20). Um cristão pode multiplicar-se espiritualmente, trazendo outros a Cristo. Lídia fez isso.
Ser cristã era um assunto muito prático para Lídia. Não se tornou freira, nem mesmo evangelista de tempo integral. Continuou na sua profissão. Tornou o seu nome respeitado, submetendo-se ela própria, bem como o seu negócio e os seus bens ao máximo no serviço de Cristo.
A primeira coisa que ela submeteu foi o lar. Insistiu com Paulo e com os seus companheiros para ficarem ali. O fato de eles terem aceitado provou que tomavam a sério a sua fé. Deste modo também se identificou com o Evangelho perante os não crentes. Não tinha vergonha de Cristo. Nem mesmo se envergonhou quando Paulo e Silas, magoados e feridos, voltaram da prisão onde haviam sido postos ilegalmente. Todos na cidade souberam que a distinta Lídia considerava um privilégio alojar aqueles homens.
Deus deseja que os cristãos abram os seus lares aos outros e se sirvam uns aos outros com o que têm recebido dEle. Deseja que eles se revelem bons administradores dos bens materiais que lhes confiou. Aqueles que são hospitaleiros, reconhecerão mais tarde, para sua surpresa, que, por vezes, sem o saberem, alojaram anjos (Heb. 13:2). Abraão teve essa experiência (Gên. 18:1-5; 19:1). Lídia também compreendeu isso, embora não ficasse registrado em tantas palavras.
Desde então, os lucros de Lídia não seriam um fim em si mesmos, mas um meio de levar mais longe o Evangelho. Lídia venderia púrpura para glória de Deus. Era Ele que estava à frente na sua lista de prioridades. Ela não ocupava só uma posição chave no aspecto social, mas também sob o ponto de vista geográfico. As notícias espalhavam-se depressa a partir desta cidade comercial situada sobre várias estradas internacionais. Dali em diante, não sairiam da casa de Lídia apenas sacos de púrpura, mas também o evangelho iria propagar-se através do mundo civilizado.
É razoável admitir que uma mulher que pôde impressionar os apóstolos e os da sua casa com as suas novas convicções não teria menos êxito em convencer aqueles com quem contatava no seu negócio. Assim, o seu comércio tornou-se um duplo sucesso.
Alguns anos mais tarde, quando Paulo escreveu à igreja de Filipos, da sua prisão em Roma, mencionou as mulheres que trabalharam esforçadamente com ele na propagação do evangelho (Filip 1:3-4; 4:3). Ele tinha provavelmente em mente Lídia e outras que encontrara na sua casa.
Lídia havia recebido muito e usou-o para o Senhor. Ela constitui uma prova tocante do quanto Deus pode fazer através de uma pessoa que Lhe tenha dado a prioridade na vida.

Lídia, uma comerciante que deu a Deus o primeiro lugar
(Atos 16:11-15,40)
Perguntas:
1. Onde é que Lídia aparece pela primeira vez, e o que é que pode aprender dela?
2. O que é que aconteceu quando ela ouviu falar de Paulo? O que é que Deus lhe fez, e o que é que ela própria realizou? (Ver também Provérbios 4:23 e Lucas 8:15).
3. Depois de ter ouvido falar Paulo, qual foi a sua pública confissão de fé? Qual pode ser a única explicação para isso?
4. João 15:1-16 fala acerca de produzir fruto. Em que sentido é que a vida de Lídia produziu fruto nas vidas de outros?
5. Explique quais foram os dois grupos de pessoas para os quais ela se tornou instrumento no ministério do evangelho. (Leia também João 17:20 e 1 Pedro 4:9,10).
6. Como é que Lídia provou que deu prioridade às coisas de Deus? O que é que aprendeu dela, e como é que pode aplicar isso na sua vida diária?

FONTE: LIVRO SEU NOME É MULHER

3 comentários:

  1. Amém amei esse esboço sobre Lidia estou estudando para pregar e essa me tocou profundamente e com esse esclarecimento ficou ainda melhor amigo DEUS abençoe abundantemente você e toda sua família abraço DEUS é contigo...

    ResponderEliminar
  2. Uma benção esse esboço vou levar comigo que Deus o abençoe

    ResponderEliminar
  3. Nossa muito esclarecido este esboço ,que o Senhor permaneça te concedendo sabedoria e direcionamento .

    ResponderEliminar

VEJA TAMBÉM ESTES:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...