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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

APOSTASIA - A OBRA MISSIONÁRIA E A PREVENÇÃO DA APOSTASIA






Quando uma pessoa entrega sua vida a Cristo deseja fazer muitas coisas que não estão de acordo com o plano que Deus tem para a vida de um cristão.

Sem dúvida, o ser  humano foi criado para estar em constante atividade e isso nos leva a não estarmos na ociosidade. Sempre necessitamos manter-nos ocupados de alguma forma, que nos seja útil e nos faça sentir que cumprimos uma tarefa importante.
     
Deus nos deixou um grande trabalho para cumprirmos nesta terra, a fim de que o Senhor volte e leve o Seu povo para viver com Ele juntos pela eternidade. Certamente, esse é o trabalho da obra missionária que cada cristão tem o privilégio de realizar. No livro Serviço Cristão, pág. 8 lemos: “É plano do Céu que os que receberam a luz a comuniquem aos que se acham em trevas.” 

Quando uma pessoa se batiza, é o momento em que nasce no reino de Deus e, automaticamente, transforma-se em um seguidor de Cristo, um discípulo. No mesmo livro, pág 9, a serva do Senhor  continua dizendo: “Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário”.
  
Isto nos conduz à responsabilidade de preparar pessoas a entregarem sua vida a Cristo. Também devemos prepará-los para que sejam missionários. À medida que a pessoa vai captando o plano da salvação, já procura compartilhar com aqueles que tem contato no seu dia-a-dia.

Uma pessoa nova na fé tem que se integrar ao trabalho missionário, o mais tardar no dia em que for batizada. O ideal é que antes do seu batismo já esteja trabalhando pela salvação de outras pessoas.

É um grande erro deixar um recém-batizado sem realizar trabalho missionário, após algum tempo de sua entrega a Cristo. Necessitamos ocupá-lo o quanto antes, nas coisas relacionadas com a pregação, já que isto evita o sofrimento daquele que deixa muitas coisas que estava acostumado a realizar. Agora, percebe que seu novo estilo de vida não está de acordo com isso e tem que mudar.     

Uma forma positiva de evitar que se sinta só, triste e desanimado é promover atividades que ocupem todo o tempo e que dêem grandes alegrias e satisfação ao seu espírito.

O preparar as pessoas novas na fé para o trabalho missionário é introduzi-la em uma atividade que a ocupará durante toda a vida, pois o Senhor nos diz: “Salvar almas deve ser a obra vitalícia de todo aquele que professa seguir a Cristo”. Serviço Cristão, pág. 10 

Especialmente, é importante que seja ensinado para fazer uma obra individual, já que cada um que tem seu ambiente social no desenvolvimento de sua vida e onde tem que testificar em favor de seu Salvador, o conselho inspirado diz: “Cristo confia a Seus seguidores uma obra individual – uma obra que não pode ser feita por procuração.” Serviço Cristão, pág. 10

Inicialmente, devemos ensinar-lhes a fazer coisas simples que eles possam realizar na  vida diária e que os faça sentirem-se úteis a Cristo e à sociedade na qual participam continuamente.

Também é necessário fazer trabalho missionário de forma coletiva, uma vez que há as atividades em grupo. O temor e a ansiedade diminuem sensivelmente, pois esse trabalho favorece a aprendizagem de pessoas inexperientes.
Quando organizamos qualquer campanha missionária, precisamos observar que as pessoas novas sempre saiam acompanhadas com outra com mais experiência, tanto na vida cristã como no trabalho missionário.
     
Temos irmãos na igreja que não participam dessas atividades, inclusive, muitas vezes, nós os criticamos por não integrar-se nesse tipo de trabalho; se investigarmos o motivo, geralmente, encontraremos no passado, que ainda novos na fé foram enviados sozinhos para algum trabalho missionário, sem uma companhia adequada. Certamente, não sendo bem sucedidos, isso fez com que tomassem a decisão de não mais participar desse tipo de atividades.

A idéia de trabalhar de dois em dois, foi considerada pelo Senhor como o melhor método para o trabalho missionário de todos os tempos. Assim fala o livro Serviço Cristão, págs. 127 e 128: “Nenhum foi mandado sozinho, mas irmão em companhia de irmão, amigo ao lado de amigo. Assim se poderiam auxiliar e animar mutuamente... Teria muito mais êxito a obra evangélica em nossos dias, fosse esse exemplo mais estritamente seguido”.

A direção da Ação Missionária da igreja tem que organizar cursos de treinamento constantemente, para que as pessoas possam estar aprendendo diferentes métodos ao compartilhar a fé.

Algum curso para ensinar o trabalho missionário tem que ser feito, pelo menos, uma vez por mês.

 As classes onde se ensinam técnicas para evangelização não precisam ser complicadas e em séries muito longas. Normalmente, com uma hora de teoria e em seguida, sair a praticar, aprende-se mais que cursos muito complicados. A pena inspirada diz: “Muitos teriam boa vontade de trabalhar, se lhes ensinassem a começar. Necessitam ser instruídos e animados. Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos.” Serviço Cristão, pág. 59

Os cursos devem ser bastante diversificados, com o fim de que cada um possa escolher um trabalho missionário que se adapte aos seus dons e também que seja levado em consideração, os seus gostos. O conselho inspirado diz: “... que ninguém leve uma vida sem escopo, mas que todos realizem o que lhes for possível, de acordo com suas várias aptidões....” Serviço Cristão, pág. 62

Os cursos que, de início, são mais necessários têm que ver com o trabalho, com os familiares, amigos e companheiros de trabalho. Nossos novos irmãos são muito pressionados pelo seu ambiente social para que dêem a razão de sua nova fé e a igreja deveria dar-lhe as ferramentas que precisam com tanta urgência.

 A forma mais adequada de testemunhar o que Cristo fez e o que está fazendo em nossa vida, é uma grande necessidade na vida de um recém-convertido, já que o testemunho cristão é a arma mais poderosa  para impressionar um coração que não conhece ao Senhor Jesus Cristo.

 Tradicionalmente, nós fazemos muito esforço quanto à forma de transmitir a doutrina e damos argumentos para rebater a posição ou a crença dos demais. Isso nos leva, provavelmente, a discussões, porém nem sempre ganhamos a pessoa para Cristo.

A ordem correta de apresentar as coisas é a seguinte:

1. Testemunho
2. Conhecer a Cristo
3. Doutrina
       
Testemunho – Mostra os benefícios que Cristo traz à vida daquele que lhe entrega sua vida; faz nascer no coração da pessoa o desejo de ter a experiência maravilhosa que a outra pessoa está relatando.

Conhecer a Cristo – Faz com que a pessoa se enamore de Jesus e decida entregar-Lhe a sua vida, tornando-O seu Salvador e moldando o seu caráter.

Doutrina – É o estilo de vida daquele que é salvo pelo sangue que Cristo derramou na cruz do calvário. A doutrina não salva, Jesus é quem salva. E aos que O aceitam, dá-lhes as bênçãos de um viver conforme a maravilhosa doutrina ensinada pela Bíblia, proporcionando-lhes grandes benefícios. Entretanto, essa doutrina apenas serve para aquele que segue a Cristo, e para os outros, torna-se uma carga insuportável.

 A direção missionária da igreja precisa ter materiais disponíveis e variados para o trabalho com os membros, especialmente com os novos que são muito animados e sejam levados a compartilhar as novas de salvação aos outros. Para tanto, folhetos de contato, revistas missionárias, livros de divulgação, vídeos com mensagens de salvação, Bíblias, estudos bíblicos e outros tipos de ferramentas para testificar a grande importância de que estão sempre à disposição.

Desde a criação do mundo, Deus proveu para o homem uma abundante atividade para sua vida. Quando chegamos ao plano da vida religiosa, o plano do Senhor não é diferente - temos o plano missionário muito amplo para cada  um de nós, produzindo gozo e felicidade no crescimento de nossa vida cristã. 

Quando alguém entra na igreja, é indispensável que o integremos às atividades missionárias, já que é uma necessidade em sua vida, pois esse é um meio de proteção que o Senhor deixou para prevenir contra o desânimo.

O trabalho missionário não foi deixado pelo Senhor como uma obrigação; ninguém é obrigado a fazê-lo. Tampouco o Senhor o deixou como uma opção, não é assunto que, se quero eu o faço, e se não, deixarei de fazê-lo. Nosso bom Deus deixou o trabalho missionário como terapia ocupacional para que a pessoa esteja ocupada e ativa. E quando o inimigo chegar com suas insinuações para afastar-me de Deus, eu não tenha tempo de atendê-lo.

A ociosidade é o terreno mais apropriado para o tentador e isto está claramente ilustrado na Bíblia através da experiência de pessoas que por não estarem ocupadas, escutaram a voz do inimigo. Temos como exemplos, Eva quando foi tentada e terminou pecando; Davi foi tentado e pecou. O grande e bom Deus deixou-nos a terapia ocupacional do trabalho missionário e devemos aplicá-lo o quanto antes à vida das pessoas que se unem a Cristo e à sua igreja, para que seja evitado o desânimo e sejam mantidas ao lado do Senhor. 


René Sand
Associado da Escola Sabatina e
Ministério Pessoal  -  DAS

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