Youtube

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A RAINHA DE SABÁ




A RAINHA DE SABÁ, UMA MULHER QUE DESEJOU SER MAIS SÁBIA

"Desde anteontem que fui chamada a uma tarefa tão pesada, que ninguém, que mesmo por um momento considere o seu peso, a desejaria, mas também tão maravilhosa que tudo o que posso dizer, é quem sou eu para ter o privilégio de fazer isto".
Rainha Juliana da Holanda*

1 Reis 10:1-10, 13
Mateus 12:42

Lentamente, a longa caravana arrastava-se através da espada que subia de Jericó para Jerusalém. Os camelos sobrecarregados transportavam as suas cargas com as cabeças inclinadas. Os guias puxavam-nos para a frente, sabendo que o fim da prolongada viagem estava à vista.
A mulher que se encontrava no centro do grupo e que tinha arranjado a viagem perguntava a si mesma se o esforço da fatigante jornada seria recompensado. Levara semanas a percorrer mais de três mil e duzentos quilômetros. As noites frias e os dias abrasadores tinham parecido intermináveis. O campo havia sido escaldante e desagradável como uma paisagem lunar. O pior de tudo eram as agrestes tempestades de areia e os ventos veementes do deserto.
Mas bem no seu coração ela sabia que tinha de prosseguir. Na sua pátria, no palácio real em Sabá, ouvira repetidamente a respeito de Salomão, o rei de Israel, o homem que parecia ser imensamente rico e inacreditavelmente sábio. A sua fama era conhecida através do oriente. Toda a terra consultava Salomão, para ouvir a sabedoria que Deus havia posto no seu coração (1 Rs 10:24). Muitos reis o visitavam e o consultavam. Honravam-no com ricos presentes (2 Cr. 9:22-24). Ela tinha muitas perguntas – acerca da vida pessoal dela, das obrigações reais, e de Deus.
A coisa impressionante a respeito dos rumores que tinha ouvido sobre Salomão era que eles estavam sempre relacionados com o nome do Senhor. Jeová, o Deus de Israel, era mencionado como sendo a fonte da sua prosperidade. Ela própria conhecia muitos deuses – deuses do mar, da terra, da guerra, do vinho, do dia e da noite, mas eles nunca haviam dado uma solução a qualquer problema.
Seria Este capaz de fazer isso?
A maneira como a rainha estabeleceu as suas prioridades prova que era uma mulher sábia. Na sua sabedoria, aceitou as limitações do seu próprio conhecimento e percepção. Queria saber mais e estava pronta a fazer muitos sacrifícios com o fim de adquirir sabedoria. O seu tempo, dinheiro e esforço eram gastos com o objetivo de conseguir este alvo.
A verdadeira sabedoria anda de mão dada com a humildade. A rainha de Sabá era suficientemente humilde para dizer ao mundo que a rodeava que buscava algo mais e que não estava satisfeita com o seu estado. Qualquer pessoa que visse aquela caravana em marcha saberia que a rainha de Sabá estava em viagem para Jerusalém, a fim de consultar o sábio Salomão.
Quando dobrou a última curva da estrada, viu a cidade de Jerusalém situada sobre as montanhas. Alguns dos edifícios dominantes atraíram a sua atenção, particularmente o palácio do rei e o templo do seu Deus. Atrás dela arrastavam-se pesadamente os camelos, curvados sob os seus preciosos fardos de especiarias raras, ouro e pedras preciosas, cujo valor nem mesmo podia ser imaginado. (Uma estimativa de cento e vinte talentos de ouro corresponderia a cerca de ...)

Salomão, o décimo filho de David e o segundo da sua união com Bate-Seba, foi o terceiro rei de Israel. foi também chamado pelo profeta Natã, e de acordo com a vontade de Deus, Jedidias, que significa "amado por Deus" (2 Sm. 12:24-25).
Depois de ter herdado o trono de seu pai, Deus apareceu-lhe uma noite, em sonhos, e perguntou-lhe: "Que queres que te dê?" A resposta do jovem revelou a sua humildade e dependência: "A teu servo, pois, dá um coração entendido, para julgar o teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo?" (1 Rs. 3:5-14) A resposta foi de tal modo agradável aos olhos de Deus, que Ele adicionou riquezas e honra a uma sabedoria tão grande, que jamais seria igualada. Salomão levantou a cabeça e os ombros acima de todos os reis. O seu povo experimentou uma época áurea na sua história.
Nesta época, o Egito, a Assíria e a Babilônia eram fracos. Os grandes dias da Grécia de Homero ainda estavam para vir. Israel era o reino mais poderoso do mundo. Jerusalém era a cidade mais bela. Nenhum edifício se poderia comparar, em beleza, com o templo. Nesses tempos, um monarca ia visitar outro. Não se tratava duma visita oficial, mas de caráter particular.
A conversa foi interessante. A rainha era suficientemente humilde para revelar a sua fome de sabedoria. Fez muitas perguntas a Salomão. Achava que Salomão era um homem aberto – uma pessoa com uma compreensão que parecia sem limites. Como ela, também ele desempenhava o elevado, mas solitário, cargo de governante duma nação. Por conseguinte, ele era alguém que podia entendê-la perfeitamente. Ele próprio se havia debatido com idênticos problemas.
Para espanto e admiração da rainha, não existia qualquer pergunta demasiado profunda ou complexa para ele. Tinha sempre resposta para tudo. Ela reconheceu que, na verdade, a bênção de Deus estava sobre ele. Não possuía simplesmente sabedoria intelectual, mas senso comum que se aplicava nas situações práticas e diárias. Ela verificou isso na maneira como a sua casa havia sido construída, nos modos dos seus servos e ministros, na qualidade das suas refeições e na variedade das bebidas. Cada pormenor da sua vida estava permeado de sabedoria. A sua fé em Deus afetava também todos os aspectos da sua existência. Era pura. Era real. Era o centro da sua vida.
O rei Salomão não só a envolveu nos seus deveres quotidianos, mas partilhou também com ela o modo como servia a Deus. E foi aí que ela descobriu o verdadeiro segredo do seu êxito. Quando Salomão oferecia a Deus as ofertas queimadas, identificava-se com o animal inocente que estava a ser imolado em seu lugar, pelo seu pecado (Lv. 1:1-9; 9:7). Isto revelava uma semente de verdade à Rainha de Sabá.
A vida de Salomão era livre, porque os seus pecados foram perdoados; este fato baseava-se no meio apontado por Deus. O sangue derramado duma criatura inocente garantia que ele – o culpado – podia viver em plena liberdade (Lv. 17:11). A sua comunhão com Deus era a fonte de toda a sua sabedoria, da sua compreensão (Pv. 2:6; 9:10) e da sua prosperidade (Pv. 10:22).
O alvo de Salomão na vida, descobriu ela, não era aprender e ensinar a sabedoria, mas temer a Deus. Salomão guardava os Seus mandamentos e declarava firmemente que era isso o que Deus desejava de todos os homens, incluindo os reis (Ecl. 12:9-13).
A rainha estava estupefata. Não conseguia falar. Todas as suas expectativas haviam sido excedidas. "Eu não acreditava no que ouvia a respeito da tua sabedoria'', disse ela. "Parecia demasiado poderosa. Mas na verdade ultrapassou em muito todos os rumores. Eu nem tinha ouvido metade".
A rainha invejava as pessoas que serviam este rei, os súbditos sobre os quais ele tinha autoridade. Reconheceu que a sabedoria devia ser preferida a tudo o mais (Pv. 8:11). O mais impressionante é que afirmou que Salomão constituía uma amorosa dádiva de Deus ao Seu povo, a fim de que eles pudessem ser bem governados.
Ela fora enriquecida, mental e materialmente, pelo seu encontro com o rei Salomão. Este partilhou graciosamente com ela não só da sua vasta compreensão, mas das riquezas que excederam os preciosos presentes que ela lhe trouxera (2 Cr. 9:12). O valor do presente mais sublime que ela recebeu não se pode definir em dinheiro. Pois foi o conhecimento que adquiriu a respeito de Deus, que é a fonte da verdadeira sabedoria (Ecl. 2:26).
A Rainha de Sabá foi uma mulher que fez história. Mesmo Jesus Cristo a citou como exemplo. Louvou-a por não se ter poupado despesas ou dificuldades para ouvir a sabedoria de Salomão. Com essa atitude ela condenou os  que não tomam a sério a sabedoria. Ela dá um esplêndido exemplo da importância de submeter as coisas de Deus a uma investigação mais cuidadosa. E deu prova do seu profundo discernimento quando aceitou a oportunidade de aprender de alguém mais – alguém que era mais sábio do que ela. Não se limitou a ouvir os rumores de que Salomão era um homem sábio. Fez todo o possível para o encontrar, a fim de descobrir a fonte da sua sabedoria (Pv. 2:1-6).
Mas seria o seu enriquecimento apenas intelectual? Seria essa a sua única satisfação? Ou teria o seu coração buscado o próprio Deus, a Fonte de Sabedoria (1 Cor. 1:30), o Deus com quem nem mesmo Salomão se podia comparar? Pois a maior sabedoria vem, não da mente, mas do coração. A esperança dum tal homem não será cortada (Pv. 24:14).

Tiago, o apóstolo prático, escreveu mil anos mais tarde que um homem engana-se a si mesmo quando ouve quando ouve uma mensagem e não a põe em prática. É como uma pessoa que se vê num espelho, vê que seu aspecto precisa de arranjo, mas não chega a fazer nada nesse sentido (Tiago 1:22-24).

Seria a rainha verdadeiramente sábia? Teria ela compreendido perfeitamente tudo o que Salomão lhe disse? Teria ela aplicado a sabedoria que viu em Salomão? Teria o seu coração mudado? Teria ela alcançado os objetivos do plano que se tinha proposto realizar? (2 Cor. 8:10,11) Completamente?
A sua busca foi um fracasso, se não chegou a encontrar Deus. Nesse caso, ela seria uma figura trágica, em vez do exemplo perfeito que é. A Bíblia não responde diretamente a estas perguntas. Mas talvez a resposta se possa encontrar nas palavras de Jesus, quando a colocou acima dos judeus, usando-a como exemplo para alguns fariseus e escribas do Seu tempo. Não será esta uma prova de que ela aprendeu as lições?
A Rainha de Sabá foi uma mulher que não se poupou despesas e dificuldades para se tomar mais sábia.

Perguntas:
1. Com que estava relacionada a fama de Salomão de que a Rainha de Sabá ouviu falar?
2. De que modo é que ela mostrou o seu interesse sincero em beneficiar da sabedoria dele?
3. Além disso, o que é que mostra a sua prontidão em aprender? A que conclusão chegou ela depois de ter visto com os seus próprios olhos?
4. Qual lhe parece ser a conclusão mais importante desta Rainha pagã?
5. O Senhor Jesus louva-a pela seriedade com que buscou a sabedoria de Salomão. Tem alguma razão para concluir que esta visita a tenha levado a uma relação pessoal com Deus?
6. Considera-a um bom exemplo ou um aviso para si? O que é que pode fazer com o que aprendeu a respeito dela?

FONTE: LIVRO O SEU NOME É MULHER


1 comentário:

  1. Gostei muito desse estudo,precisei é achei tudo o que queria ,numa só explicação, parabéns a pessoa que fez este estudo ,nota mil,Deus te abençoe

    ResponderEliminar

VEJA TAMBÉM ESTES:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...