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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A ESPOSA DE POTIFAR









A ESPOSA DE POTIFAR, UMA MULHER DOMINADA PELO SEXO


"De acordo com o pensamento bíblico, dois seres humanos que tenham partilhado do ato sexual nunca mais serão os mesmos depois disso. Já não podem agir em relação um ao outro coma se não houvessem tido essa experiência. Isso faz do que se envolvem nele um casal, ligados um ao outro. Isso cria o laço duma só carne, com todas as suas implicações''. Walter Trobisch*



Gênesis 39:1-20

1 Tessalonicenses 4:3-5


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A mulher de Potifar tinha tudo. Tinha um marido que exercia uma grande posição como oficial de Faraó. Vivia numa casa espaçosa e luxuosamente mobiliada. Vivia mergulhada em riqueza, alimento e vestuário. Dirigia o numeroso pessoal da sua casa, que lhe satisfazia os mínimos desejos. Era uma mulher mimada.

Como egípcia, gozava também de uma liberdade maior do que a de muitas outras mulheres do seu tempo. Podia-se concluir que ela se sentisse muito feliz, mas tal conclusão provar-se-ia pouco perspicaz, pois a situação era realmente muito diferente.

Tem-se dito que as situações não fazem a pessoa; revelam-na. Isso é verdade no caso da esposa de Potifar.

Ela aparece na Escritura em relação com José, o homem responsável pela casa do seu marido. José, filho de Jacó e de Raquel, era um homem muito elegante quando chegou à casa de Potifar, depois de haver sido vendido como escravo pelos seus irmãos.

Mas a vida interior de José era mais notável do que a sua boa aparência, porque ele caminhava intimamente com Deus. Diversas vezes, Deus tinha revelado a José o seu futuro, em sonhos. Essa fora uma das razões por que os seus irmãos sentiram inveja dele. Haviam sentido que ele os olhava com desdém. Quando mais tarde verificaram que o seu pai favorecia José, a sua fúria atingiu o auge. Livraram-se dele, vendendo-o a mercadores que passavam por ali.

Contudo, em breve se tornou muito claro que Deus estava com José, pois para onde quer que ele fosse, a bênção de Deus o seguia. Assim, a casa de Potifar foi abençoada – por causa de José. A relação de apreciação e respeito mútuos cresceu entre José e o seu senhor. Conseqüentemente, as responsabilidades de José aumentaram até que, finalmente, ele tinha a seu cargo toda a casa.

A mulher de Potifar que, à primeira vista, parecia possuir tudo o que uma mulher poderia desejar, sentia-se intimamente vazia, uma mulher sem propósito. Tinha tempo demais à sua disposição. Estava casada com um homem para quem o trabalho significava tudo. Embora a Bíblia não mencione filhos, se tivesse havido algum, teriam sido, muito provavelmente, tratados por uma ama.

Talvez os seus sentimentos estivessem feridos, porque o marido não lhe dispensava atenção que ela desejava. Uma vida vazia procura realização, e um coração vazio anseia por satisfação. Por fim, a mulher de Potifar deu expressão aos desejos que havia no seu coração.

Não reconheceu ela que era o caráter intrínseco da beleza, retidão e fidelidade de José que atraía, não precisamente a sua aparência física? Não podia ela entender que o que havia de especial a respeito dele era o fato de caminhar intimamente com Deus?

É evidente que não, pois ela humilhou-se a si própria e a José, não uma vez, mas repetidamente. Ela impôs-se a si mesma e ao seu corpo a ele. Esperava encontrar satisfação no sexo apenas. Não sabia que a sensação que tanto desejava só produziria paixão, uma excitação emocional que consumia a sua vida, se o ato não fosse fundamentado no amor e na segurança do casamento.



Mais tarde, Paulo advertiu contra o fato de o pecado controlar a vida da pessoa (Rom. 6:12). O corpo não é para fornicação, mas para o Senhor (1 Cor. 6:13b). Deus espera que o corpo humano funcione como templo Seu (1 Cor. 6:19).



Na criação, Deus disse: "Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gên. 2:24). Portanto, a sexualidade foi incluída por Deus, para sempre, no calor, na segurança e no amor do casamento. Isto é evidente pela Sua ordem – o tornarem-se uma só carne devia ser um resultado do amor. A decisão de deixarem os pais – darem início à sua própria família – providencia o ambiente próprio para a culminação do amor sexual. Sem estes pré-requisitos, o sexo é um desejo veemente que consome, que pode degradar o ser humano a um baixo nível animal. Isto resulta em auto-acusação, solidão e vergonha. Provoca uma solidão ainda maior, pois o anseio por mais paixão sexual foi introduzido. Finalmente resulta em total desolação. Toma-se um ciclo vicioso de miséria.

O problema que a mulher de Potifar tinha à sua frente não podia ser menosprezado, e, certamente, ela não podia encontrar uma solução para estes seus problemas no sexo. A sexualidade, usada desta maneira, cria o seu próprio inferno.

José pôs imediatamente a tentação na sua perspectiva correta. Ele não a minimizou, mas chamou-lhe o que ela era – pecado. Falou do grande respeito que sentia para com o marido dela. Mas a sai grande preocupação era Deus. "Como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?'' perguntou ele. José tinha razão; a fornicação e o adultério são pecados, aos olhos de Deus. Cada ato de intercurso sexual fora do casamento é um pecado que Deus abomina.

Deus não quer negar o prazer ao homem; deseja-lhe a maior e a melhor felicidade. Quer protege-lo da destruição que sempre acompanha a imoralidade. Deus não pode permitir que o maior dom terreno que Ele deu ao homem seja degradado e desonrado.

A imortalidade é uma das armas mortais que vem diretamente do inferno e destrói a pessoa que nela consente. José sabia isso bem, porque andava com Deus. Sabia o que desagradava ao Criador.

"O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa. Achará açoites e infâmia, e o seu opróbrio nunca se apagará" (Prov. 6:32,33). Embora Salomão escrevesse estas palavras muitos anos mais tarde, José entendeu e aplicou este princípio na situação com a mulher de Potifar.

O fato de a mulher de Potifar não conhecer o Deus de Israel, não era desculpa. Como qualquer outro ser humano, ela era uma pessoa moral inata. Estava transgredindo uma lei da vida que Deus dera à humanidade na criação (Rom. 2:14,15).  Provou isso quando torceu a verdade, depois de José a ter rejeitado. Acusou-o da imoralidade que ela própria tencionava cometer! A fuga precipitada de José, que deu prova da sua pureza de caráter expô-la ainda mais e perverteu a sua mente. Sendo-lhe superior, decidiu, sem quaisquer escrúpulos, arruinar a sua carreira e manchar o seu bom nome.

Isto deu origem a um tempo difícil para José – uma estadia de muitos anos na prisão. Sem dúvida, ele sentia-se ferido pelas acusações desonestas. Provavelmente, sentiu-se também abandonado, uma vez que Potifar, aparentemente, não investigou a situação. Todavia, é evidente que Potifar não acreditou na sua mulher, pois nesse caso teria, certamente, mandado matar José.

José não se queixou. Para sua alegria, descobriu que mesmo as paredes da prisão não excluíam Deus. Deus continuava com ele, como o havia feito na casa de Potifar. Uma vez mais, José tornou-se uma bênção para aqueles que o rodeavam. Finalmente, foi recompensado pela sua lealdade a Deus e ao seu senhor, e foi-lhe dado o governo sobre todo o Egito. Era o primeiro abaixo de Faraó, o governador do Egito. Casou com a filha de Faraó. Tomou-se Zafnath-Paneah, o protetor do povo. No devido tempo foi capaz de salvar os irmãos que o haviam traído, quando eles estavam ameaçados pela fome.

Não foi José quem saiu perdendo.

Foi a mulher de Potifar.

Nada mais se ouve a respeito dela – não por causa da enormidade do seu pecado, mas porque ela não mostrou qualquer tristeza e não pediu perdão. Não pareceu desejar qualquer conhecimento de Deus, embora Ele desejasse tanto dar-lhe alegria e satisfação na vida, que a tinha tocado através da pessoa de José.

Ela podia ter encontrado vitória sobre os seus desejos sexuais, se os tivesse reconhecido como pecado, a tempo. Podia mesmo ter ganho de novo o domínio da sua mente e do seu corpo, depois de José a ter rejeitado a primeira vez. Podia ter interrogado José a respeito do Deus que governava a sua vida.. Podia ter preenchido as suas horas de ócio de um modo mais proveitoso.

A ociosidade tornou-se a mãe do seu vício, pois ela agiu levianamente com um dos dons mais preciosos da vida – o tempo. Gastou-o inutilmente. A ociosidade tornou-se o solo que nutriu os seus pensamentos pecaminosos. Só depois de ter sucumbido a esses pensamentos perversos, é que ela se defrontou com o desejo de pecar de fato. Sim, os nossos atos são fruto dos nossos pensamentos; os seus pensamentos foram a origem da sua ruína. A pessoa torna-se o que pensa. A tentação da mulher de Potifar não era rara. Milhões de pessoas hoje em dia estão sendo tentadas da mesma maneira, porque Satanás anda continuadamente em derredor, bramando como o leão, buscando a quem possa tragar 1 Ped. 5:8). Ele nunca mudará o seu caráter.

A esposa de Potifar permitiu que a tentação se convertesse em pecado, porque não refreou os seus desejos, antes, pelo contrário, consentiu que eles a seduzissem e atraíssem para o pecado real (Tg. 1:14,15). Não tinha qualquer desejo de se corrigir.

Tinha o tempo, a inteligência e o potencial para usar a sua vida positivamente, mas falhou. Portanto, nada de bom se pode dizer acerca dela. É trágico que tenha vivido, sem ter deixado atrás de si qualquer impressão positiva.



A Esposa de Potifar, uma mulher dominada pelo sexo

(Gênesis 39:1-20; 1 Tessalonicenses 4:3-5)



Perguntas:

1.     Em poucas frases, relate o que a Bíblia diz acerca da esposa de Potifar.

2.     Que palavras usou José para pôr a proposta imoral dela na perspectiva correta?

3.     Estude a lei de Moisés a respeito dos pensamentos de Deus sobre as relações sexuais entre um homem e uma mulher que não são casados. (Deut. 22:13,14,20-22). O que é que o impressiona?

4.     A esposa de Potifar não conhecia as leis de Deus. Por que é que a sua ignorância não era desculpa? (Recorde Rom. 2:14,15).

5.     Para quem foi criado o corpo humano, e porquê? (1 Cor. 6:13b,19,20).

6.     Compare esta história com a advertência em 1 Tessalonicenses 4:3-5. Que atitude Deus quer ver nas pessoas, em relação aos seus corpos?


FONTE: LIVRO SEU NOME É MULHER


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